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Foto do escritorLierson José Godinho Brígido

POST 18

04.01.2021 - Vacinação do zero


Passadas as festividades(?) de final de ano – aliás, a todos vocês e a seus familiares desejo que 2021 seja um ano bem melhor do que foi o que acabamos de encerrar, e que venham as vacinas o quanto antes – vamos retomando aos poucos nossos afazeres e responsabilidades. Alguns aproveitaram para tirar as merecidas férias: aproveitem com muito cuidado e toda proteção necessárias, para proteger a vocês mesmos e aos que os cercam.


Como com o transplante eu zerei minhas imunidades, estou tendo que tomar todas as vacinas como se eu fosse um bebê. Esse processo iniciou-se em novembro/20 e deve estender-se por pelo menos 2 anos (fora os reforços). Aliás, esta manhã fui tomar mais algumas doses, seguindo o calendário estipulado pelo meu médico. Por esse motivo, meu retiro/isolamento é mais do que somente devido ao COVID-19. Sem dúvida que o grande vilão no momento é esse vírus, mas não posso vacilar com qualquer outra doença.


O que me chamou a atenção é que algumas vacinas não constam do PNI (Plano Nacional de Imunizações) e tive que tomá-las particularmente, ou seja, pagando. E não são baratas; até entendo não fazerem parte do calendário normal do PNI, mas deveria haver exceções para os casos dos imunodeprimidos e que precisam refazer seu conjunto de vacinas. Eu pude pagar ... e quem não pode?


Esta é uma das dificuldades por que passam os transplantados: isolar-se das demais pessoas por um longo período, Se por um lado o meu transplante se deu em condições excepcionais (no meio da pandemia), por outro ajudou muito o isolamento forçado a que todos nós fomos obrigados a nos submeter devido ao Corona vírus. Uma pena que muitos estão achando que não existe mais perigo e estão abandonado os cuidados recomendados. Infelizmente parece que quando não ocorre com alguém muito próximo de nós, não damos a devida atenção. Isso apesar de diariamente serem divulgadas mortes de pessoas (algumas muito conhecidas) devido ao vírus. Muito disso se deve (infelizmente) à guerra informacional/política que vivemos atualmente, e que parece que não vai acabar tão cedo.


Tive uma intercorrência nos exames de outubro e novembro, apontadas pelos exames de sangue, indicando que as enzimas do meu fígados estavam desreguladas: TGO, TGP e GGT. Com isso, tivemos que entrar com um medicamento específico para o fígado e acompanhamos a evolução dos resultados nas semanas seguintes: no exame do início de dezembro já observamos a normalização o que levou a uma redução das doses diárias. Esse é outro ponto importante de se destacar: é vital que se façam exames regulares e se observem os principais parâmetros clínicos, pois qualquer vacilo pode ser altamente prejudicial à completa recuperação do paciente.


Ser furado a cada duas semanas (por enquanto) para os exames de sangue é um ônus até baixo em vista dos benefícios desse acompanhamento clínico. Exames/consultas regulares são também importantes assim como relatar qualquer sinal que apareça, mesmo aqueles que parecem ser insignificantes.


Como sempre digo, viver um dia de cada vez é preciso. E a força da família e dos amigos é muito importante nessa recuperação.


No próximo post: a expectativa quanto à vacina do COVID-19.








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