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  • Foto do escritorLierson José Godinho Brígido

POST 23

06.03.2021 - Os imunodeficientes serão prioritários na fila das vacinas contra o COVID-19


Finalmente uma vitória (na verdade mais uma): depois de vermos medicamentos e exames importantes para os portadores de doenças oncológicas entrarem no SUS, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde confirmou que os pacientes transplantados de medula óssea foram integrados ao grupo prioritário de seu Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 – Anexo 1.


Nós, mais do que ninguém, sabemos o que passamos desde quando soubemos de nossa doença, e o quanto tivemos que lutar (e sobreviver) para chegarmos até aqui. Todos tivemos que iniciar nossa proteção a partir do zero, dado que o tratamento a que fomos submetidos nos “zerou” a imunidade. Desde o “Zé Gotinha” até as vacinas mais recentes, tivemos que tomá-las todas novamente; e rezando para que nenhum vírus ou bactéria nos contaminasse até as respectivas administrações. Aí vem a pandemia, de um vírus extremamente danoso e, no nosso caso, praticamente uma sentença de morte.


Vimos com esperança a chegada (tardia e ainda em número insuficiente) das vacinas, disponibilizadas em tempo recorde, devido principalmente ao avanço tecnológico que vivemos nestes dias, mas acima de tudo pelos grandes investimentos financeiros feitos pelos diferentes laboratórios e centros de pesquisas. Mas até agora, nos preocupava a demora em sermos colocados nas filas, principalmente os mais jovens, que poderiam ter que aguardar ainda meses até poderem receber as duas doses.


Resta agora sermos efetivamente colocados na fila das prioridades, com data de início de vacinação “independente de nossas idades”.


Mas o que mais me assusta, e nada diferente do que seria de se esperar depois de tanto desrespeito ao isolamento, reforçado tão insistentemente por todas as autoridades e profissionais da saúde, é o aumento descontrolado dos casos e das mortes por complicações decorrentes do COVID-19. E agora não mais circunscrito aos mais velhos – o que vem causando o caos na saúde, com todas as instalações (enfermarias e UTIs) superlotadas e com profissionais da saúde estressados e tendo que decidir quem fica e quem vai para os parcos respiradores (“escolha de Sofia”). E quanto mais se demora em imunizar a população, mais cepas (mais agressivas e mais resistentes) vão surgindo. E provocando complicações ainda mais graves – muitos que “se curam” do COVID-19 acabam desenvolvendo doenças decorrentes da infecção, e morrem por outras enfermidades.


Até quando isso? Não fomos todos alertados para as consequências de uma postura inadequada? Talvez valesse a pena inverter a lógica da vacinação e priorizar os mais jovens: são eles mesmo, em sua maioria, que não respeitam as recomendações de proteção. Seja por pensarem que o vírus é uma bobagem, seja por rebeldia, seja por modismo: curtir é o que vale. Nós, os mais experientes (para não dizer “os mais velhos”) já vivemos outras situações e temos mais consciência – aguentaríamos mais algum tempo isolados.


Mas quem sou eu para dar sugestões...


O importante é que se imunize dentro da maior brevidade possível toda a população brasileira e que parem as brigas políticas e discussões descabidas quanto a eficácia desta ou daquela vacina. A economia tem que voltar a andar, para tanto, precisamos dos homens e mulheres em suas atividades. Com segurança e com saúde; o que só se conseguirá com a devida vacinação.





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