28.10.20 - Minha infância/adolescência
Passei minha infância/adolescência dividido entre São Manuel e Lençóis Paulista: meus pais se mudaram para Lençóis em meados de 1962, onde meu pai passou a dirigir uma revenda VW (SALCA). Eu continuei em São Manuel, na casa de meus avós maternos, para fazer o primeiro grau (até a oitava série, que cursei na Escola Estadual Dr. Manuel José Chaves). Aos finais de semana eu ia para Lençóis, onde curtia, aí sim, a liberdade das ruas (o que não dava para fazer em São Manuel, devido aos estudos e por ser durante a semana). E acabei cursando o terceiro ano primário em Lençóis, no Grupo Escolar Esperança de Oliveira.
Meu avô paterno sempre trabalhou na terra: ainda hoje temos, em decorrência disso, a felicidade de vez por outra curtir os ares do campo. Mas na minha infância, eram constantes as idas ao sítio, onde tínhamos aonde brincar e pescar: Rio Claro! Sempre foi uma de minhas paixões de infância a pesca do lambari, nas águas claras desse rio que cortava uma parte do sítio: lá tínhamos um rancho para encontros familiares e que nos permitia o contato com a natureza.
As férias de janeiro passávamos normalmente em Caraguatatuba: por anos seguidos, na década de 60, meu pai nos reunia numa Kombi e viajávamos para essa cidade no litoral norte de São Paulo; depois da tragédia que se abateu sobre a cidade, em março de 1967 (enchente e deslizamentos provocados por fortes chuvas), passamos a ir para São Vicente, onde minha avó materna e duas de suas irmãs adquiriam um apartamento no Condomínio Santa Verônica – onde aliás conheci minha esposa Viviane, através de nossas janelas, kkkk.
De família católica, apostólica, romana, participei do curso para jovens em liderança cristã em Lençóis Paulista, cuja missa final foi celebrada por Dom Vicente Marchetti Zioni, então arcebispo metropolitano de Botucatu.
Voltando ao esporte, do futebol de campo para o de salão e o handebol foi um pulinho. Depois vieram o tênis de campo, os saltos ornamentais, e a natação, aí já quando me mudei definitivamente para Lençóis Paulista/SP, à 30 km de São Manuel, isso em 1972, aonde realizei meus estudos do segundo grau – Colégio Estadual e Escola Normal Virgílio Capoani. Dessa época do colegial tenho grandes amigos, e nos reunimos anualmente para comemorar “os velhos tempos”, mas acima de tudo, a vida!
Simultaneamente ao colegial fiz curso técnico de Contabilidade no Colégio Técnico Municipal de Lençóis Paulista, que carinhosamente chamávamos de Escola do Seu Quitinho, em referência ao diretor da época, Sr. Francisco Garrido. Mantemos também um grupo dessa turma, e nos encontramos anualmente (menos este ano em função da pandemia), para um churrasco comemorativo.
Durante esses anos de colégio, normalmente aos sábados, nós nos reuníamos na garagem de minha casa em Lençóis, ao som de músicas da década de 70 – LPs e compactos, tocados num toca-discos tipo “SONATA”, mas que era mais que o suficiente para animar os nossos famosos “bailinhos”.
No próximo post: a mudança para São Paulo.
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