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Foto do escritorLierson José Godinho Brígido

POST 8

09.11.2020 - A força da família, o apoio dos amigos e o início da fase pré-transplante

Como venho ressaltando desde o começo destes posts, nada mais importante nestes momentos decisivos desde o diagnóstico até a fase de recuperação em que me encontro agora, do que a força que recebi de toda minha família e o apoio dos amigos que fiz ao longo de minha vida. O ser humano é por natureza um ser social e sem a convivência com outras pessoas, não se consegue evoluir, não se aprende e não se vive efetivamente a vida.

No meu caso em especial, todo o suporte que recebi de minha esposa, meus filhos e noras, meus pais, irmãos, cunhadas, sobrinhos e sobrinhas e todos os demais parentes foram mais do que fundamentais para que eu tenha passado com menos sofrimento por toda esta situação. Desde o primeiro momento, todos se colocaram à disposição para que fosse necessário. As comunicações que tive que fazer obviamente não me foram fáceis: o rótulo que a doença ainda tem, por desconhecimento do grande público, marca negativamente e provoca as mais diferentes reações: solidariedade? Pena – quem sabe? Preocupações – sem dúvida!

Confirmado o diagnóstico e tendo em conta que o transplante de medula óssea seria a cura definitiva, iniciamos a busca dos potenciais doadores; como disse no post anterior, sou um felizardo por ter 3 irmãos e 3 filhos, o que elevou bastante as minhas chances de encontrar entre eles o mais compatível comigo. Por questões genéticas, os com maior potencial são os irmãos. Então for por aí que começamos as investigações.

Feitos os exames de sangue iniciais com meus três irmãos, dois deles foram dados como 100% compatíveis comigo; tínhamos uma diferença de tipo sanguíneo (eu era O+, e eles A+). Na investigação mais detalhada que se seguiu, ambos mantiveram a compatibilidade total, e a escolha acabou sendo feita: coube a meu irmão Luis Fernando a missão. Ele teve ainda que fazer uma série de outros exames, para que nada passasse nesta fase e para que estivéssemos todos seguros de que tudo correria bem.

Foram momentos obviamente tensos, mas que olhando para trás hoje, me serviram para confirmar a importância de uma família unida e disponível. O desprendimento de todos e a atitude positiva nada mais demonstram do que um verdadeiro ato de amor ao próximo; muitas coisas poderiam estar em jogo, mas nada os impediu de fazerem esse gesto: não tenho como agradecer por tudo o que minha família me mostrou nesse momento! Que Deus abençoe a todos!

E o que falar dos amigos! Tão logo informados, todos sem exceção, mostraram-se solidários e disponíveis: novenas, missas, frentes de oração, doações de sangue e plaquetas e tudo o que se possa imaginar. Foram inúmeras as ligações e as mensagens de força e fé que recebi, e que me ajudaram muito nessa fase. Como já dizia Milton Nascimento, “amigo é coisa pra se guardar, do lado esquerdo do peito...”. E todos cada um deles tem um espaço especial neste coração renovado!

As fotos abaixo não pretendem cobrir todos os amigos; mesmo porque não caberia aqui uma lista de agradecimentos: apenas mostram flashes de momentos muito felizes que pude compartilhar com eles. Minha homenagem e agradecimento à todos(as) vocês.

Virando o ano, começamos uma fase mais intensa de tratamento, já visando a concretização do transplante de medula óssea. Medicações foram acrescentadas e começamos com o planejamento para a internação/transplante. Houve algumas intercorrências e continuei necessitando de transfusões; inclusive mencionei no post anterior que precisei ficar alguns dias internado por conta de uma infecção de gengiva e garganta. Fevereiro foi um mês decisivo, pois dependia da redução do índice de blastos na medula óssea para seguir com o processo.

No próximo post: a importância do diagnóstico precoce.


IMPORTANTE: amanhã, dia 10.11 às 11:00hs, seremos entrevistados pelo Dr. Dráuzio Varella em seu canal do YouTube DRÁUZIO VARELLA, para falamos um pouco sobre o meu caso. Acompanhem!!!








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